
Já estava cansada. Onde isso iria parar? Um vai e vem de emoções, um turbilhão de paixões, por qualquer coisa que fosse e, de repente, nada.
A rotina arrasava, a falta de tempo para si a tornava numa coisa inexplicável. Já tinha tantas atribuições que quando fugia para si mesma, sentia-se culpada. Aos poucos fora aprendendo a dizer não, mas sua essência perfeccionista insistia em convencê-la de que sempre podia fazer um pouco mais. Mas isso agora a estava afetando os sentidos.
Há tempos vinha se percebendo tentando ser aquilo que os outros queriam que fosse. Conseguia parar a tempo de evitar mudar-se totalmente. Mas, geralmente, seu jeito já tinha mudado um pouco.
Ela não era perfeita, ora! O que esperavam dela, afinal de contas? Que sempre estivesse de braços abertos, pronta para acolher todo mundo? Na maioria das vezes ela queria que o mundo fosse às favas! Ela fingia, e muito bem, mas na maioria do tempo estava detestando alguém. E tratando bem a pessoa. Ela era má, egoísta, maliciosa, mas não se permitia ser assim. Só pensar. Danem-se os moralistas e os moralmente corruptos! Danem-se os sofredores e aqueles que os fazem sofrer! Dane-se o mundo e seus milhares de preconceitos de todos os tipos!
Não havia mais espaço para ser ela mesma. E muitas vezes, na tentativa frustrada de exercer sua personalidade (se é que personalidade seja algo que se exerça), ela própria se questionava se tinha uma.
Ora carinhosa, ora estúpida. Ora apática, ora vendaválica. Ora sensualmente vulgar, ora dona de uma candura inacreditável. Sinceramente, depois de tanto tempo e de tantas frustrações, decepções, e criancices, e apesar da raiva que guardava dentro de si, sim... ela se considerava ingênua.
Ao certo, ninguém sabia quem ou o que ela era. Nem ela própria. Havia muito o que desvendar de si mesma. E ela sequer sabia por onde começar.
A rotina arrasava, a falta de tempo para si a tornava numa coisa inexplicável. Já tinha tantas atribuições que quando fugia para si mesma, sentia-se culpada. Aos poucos fora aprendendo a dizer não, mas sua essência perfeccionista insistia em convencê-la de que sempre podia fazer um pouco mais. Mas isso agora a estava afetando os sentidos.
Há tempos vinha se percebendo tentando ser aquilo que os outros queriam que fosse. Conseguia parar a tempo de evitar mudar-se totalmente. Mas, geralmente, seu jeito já tinha mudado um pouco.
Ela não era perfeita, ora! O que esperavam dela, afinal de contas? Que sempre estivesse de braços abertos, pronta para acolher todo mundo? Na maioria das vezes ela queria que o mundo fosse às favas! Ela fingia, e muito bem, mas na maioria do tempo estava detestando alguém. E tratando bem a pessoa. Ela era má, egoísta, maliciosa, mas não se permitia ser assim. Só pensar. Danem-se os moralistas e os moralmente corruptos! Danem-se os sofredores e aqueles que os fazem sofrer! Dane-se o mundo e seus milhares de preconceitos de todos os tipos!
Não havia mais espaço para ser ela mesma. E muitas vezes, na tentativa frustrada de exercer sua personalidade (se é que personalidade seja algo que se exerça), ela própria se questionava se tinha uma.
Ora carinhosa, ora estúpida. Ora apática, ora vendaválica. Ora sensualmente vulgar, ora dona de uma candura inacreditável. Sinceramente, depois de tanto tempo e de tantas frustrações, decepções, e criancices, e apesar da raiva que guardava dentro de si, sim... ela se considerava ingênua.
Ao certo, ninguém sabia quem ou o que ela era. Nem ela própria. Havia muito o que desvendar de si mesma. E ela sequer sabia por onde começar.
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